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Previsão de resultados cardiovasculares com taxa de filtração glomerular estimada e albuminúria

Previsão de resultados cardiovasculares com taxa de filtração glomerular estimada e albuminúria

 

 

A taxa de filtração glomerular estimada e a razão albumina/creatinina devem ser consideradas para a avaliação do risco cardiovascular. 

Resumo de artigo publicado na revista THE LANCET DIABETOLOGY, em 21/07/2015

Contexto:

A utilidade da taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) e da albuminúria na previsão de resultados cardiovasculares é controversa. Buscamos avaliar a adição da TFGe baseada na creatinina e da albuminúria aos fatores de risco tradicionais de previsão de risco cardiovascular com uma abordagem metanalítica.

Métodos

Nós metanalisamos dados individuais de 637.315 indivíduos sem história de doença cardiovascular de 24 coortes (acompanhamento mediano de 4,2 a 19,0 anos) incluídos no Consórcio de prognóstico da doença renal crônica. Avaliamos a diferença estatística C e a melhora da reclassificação da mortalidade cardiovascular e casos fatais e não fatais de doença cardíaca coronária, acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca em um intervalo de 5 anos, em contraste com modelos de previsão de fatores de risco tradicionais com ou sem TFGe baseada na creatinina, albuminúria (razão albumina:creatinina [RAC] ou proteinúria na tira reagente semiquantitativa), ou ambos.

Achados

A adição da TFGe e da RAC melhorou significativamente a discriminação de resultados cardiovasculares além dos fatores de risco tradicionais em populações gerais, mas a melhora foi maior com a RAC em comparação à TFGe, e mais evidente para mortalidade cardiovascular  e insuficiência cardíaca em comparação à doença coronária e ao acidente vascular cerebral. A proteinúria na tira reagente mostrou uma melhora menor em relação à RAC. A melhora na discriminação com TFGe ou RAC foi especialmente evidente em indivíduos com diabetes ou hipertensão, mas permaneceu significativa com a RAC para mortalidade cardiovascular e insuficiência cardíaca em indivíduos sem nenhum desses quadros. Em indivíduos com doença renal crônica, a combinação de TFGe e RAC para discriminação de risco superou a maioria dos preditores tradicionais únicos.

Interpretação

A TFGe com base na creatinina e a albuminúria devem ser levadas em consideração na previsão cardiovascular, especialmente quando essas medidas já são avaliadas com propósitos clínicos ou se a mortalidade cardiovascular e a insuficiência cardíaca são resultados de interesse. A RAC pode apresentar implicações abrangentes para previsão cardiovascular. Em populações com doença renal crônica, a avaliação simultânea da TFGe e RAC poderia facilitar melhor a classificação de risco cardiovascular, apoiando as diretrizes atuais para doença renal crônica. Nossos resultados dão algum apoio também à incorporação da TFGe e RAC em avaliações de risco cardiovascular na população geral.

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